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Bacabal em dias de Lockdown |
Por: Solaneide Rezende
professora
Bacabal, 22 de junho de 2020. Mais de 70 (setenta) óbitos. Famílias que de uma forma ou de outra perdem o prumo, pelo menos por um tempo. A retórica de que as coisas parecem que só são sentidas quando acontece com a gente, fica mais forte, tem grande peso e valor. Um familiar, um parente, um amigo, um amigo do amigo, um conhecido. Devemos tentar seguir para viver o que está se chamando de NOVO NORMAL, mas jamais perder a essência da solidariedade, de poder se colocar na situação de tristeza das famílias, de chorar, de ajudar de alguma forma a viver esse novo normal. Fazer planos, ser otimista, buscar saídas, mas jamais esquecer que em nossa cidade mais de 70 famílias, hoje, 22 de junho de 2020, estão chorando e talvez lembrando que não puderam velar seus entes. Ser otimista, acreditar que vai passar, fazer planos é de minha natureza, mas essa natureza me faz chorar também. Me faz me pensar em como posso melhorar, em como posso ajudar a minha comunidade e as pessoas que de alguma forma podem me ouvir e falar comigo. E sempre vou falar: VAI PASSAR, mas jamais sem perder a capacidade de solidariedade com todos que estão sofrendo mais fortemente esta pandemia em nossa cidade, sou solidaria. Vai passar.